Neste meu "torrão gaudério"
Onde o trator matraqueia
Transformando a paisagem
Em campos e lavrações
Vejo a longe uma imagem
Que a minha infância gravou
Na retina de meus olhos
E nunca mais apagou
Lá no fundo o ranchinho
Onde meu pai me criou
Ainda conserva uns pausinhos
Que o tempo não desmanchou
No potreiro ainda existe
Os arreios dos cavalos
E na roça algumas mudas
De plantas, que o pai plantou
Meu cachorro companheiro,
Não sei onde se aranchou;
Pois quando nós nos fomos
Por aqui, ele ficou
E os amigos de infância
Que na vida eu conquistei
Hoje todos envelheceram
Alguns jamais encontrarei
Ja com a idade avançada
E arqueado pelo tempo
Meu avô, velho e cançado
Ainda vive por aqui
Ele é que sabe as histórias
De nossos antepassados
E quando sento ao seu lado
Ainda viro um gurí
Como é bom voltar aos "pagos"
E relembrar meu legado
Rever tudo meio atirado
Precisando de reparos
Isto me atiça os sentidos
E me faz firme e forte
Para retomar meu norte
E VOLTAR A VIVER AQUI.
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